sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Passando depressa



Começo esta postagem com uma declaração de total banalidade: "Como o tempo está passando rápido!" Pois é. No final de mais um ano, não dá para evitar o chavão. Frase padrão de elevadores, conversas em salas de espera ou de filas tem sempre uma receptividade entusiasmada. Comentamos convictos que o tempo, definitivamente, "passa cada vez mais rápido". Quem é que nunca ouviu isso? 
 
A verdade é que nos consolamos mutuamente dizendo que "ele voa". Andamos tão atarefados, cumprindo um sem número de tarefas que não sabemos mais aonde queremos chegar. E os eventos vão nos levando. O tempo está lá, indiferente, nos olhando passar.
Imputamos a ele a culpa por horas perdidas diante da televisão ou do computador e se é fato que passamos longos momentos no trânsito, somos os únicos responsáveis por nos desgarrarmos no emaranhado de pensamentos inúteis.

O que eu fiz hoje que mereça ser lembrado, ser amado ou ser comemorado? O que eu aprendi neste dia? E sobretudo, estou me tornando uma pessoa mais amorosa com o passar dos anos?

Existe um tempo sem tempo, dentro do mundo interno de cada um. Ele não tem idade, não requer preparação, pós-graduação, concurso público. É amigo do silêncio e da generosidade. Pode ser descortinado por uma simples pausa, quando nos permitimos respirar com calma, viver o presente. Esse ser interno nos lembra que a jornada pessoal está além do calendário e que temos a cada instante a possibilidade de recomeçar, de fazer diferente, de existir plenamente, de esquecer a passagem dos dias. O ponto de poder é o Agora e o Agora está sempre disponível.

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