quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ufa!


Felizmente acabou! Foi bom ou não, não sei, cada um que julgue por si mesmo, mas ao final das festas sinto uma sensação de alívio. Não é privilégio de todos, mas quem pode comemorar, quase sempre exagera. Comida demais, presentes demais, palavras demais. Sabe aquele silêncio gostoso e pausas para apreciar o momento? Faz falta. E aquele momento só seu, totalmente não coletivo? Esquece, só depois do Ano Novo.

Pois, finalmente, hoje, chegou.  Fiquei feliz de retornar ao mundo e observar as ruas modorrentas. Cafés fechados, lojas fechadas, como se de repente São Paulo se desse ao direito de sentir preguiça. Uma garoinha e um dia acinzentado, convindando a uma espreguiçada a mais. Cara de segunda-feira. Tudo retomando devagar. Bom. Como um gato ronronando vou me apossando do momento presente. Não, não tenho que correr e preparar comidas diferentes, nem vestir um vestido branco, nem nada. Só viver.
Claro que é bom comemorar, marcar o tempo com as datas importantes, abraçar as pessoas que amamos e fazer projetos, mas há também um certa obrigatoriedade. São dias pré-programados, sem muito flexibilidade e acho que não gosto disso. O dia 2 de janeiro é inteiramente meu. Posso viver minhas escolhas, sensatas ou insensatas. Talvez coma uma salada, talvez tome três cafés com biscoitos de gergelim. Sou livre. Posso ler um livro ou reler velhos escritos, por uma roupa fora de moda e sair por aí. Ou, o contrário. Trabalhar muito, telefonar para contatos importantes, fazer 2 horas de musculação. O prazer está em viver a seu modo. Afinal quando se começa um ano queremos criar algo e a possibilidade de concretizar os sonhos está toda contida em um dia novinho, inteiro para cada um de nós. Portanto, além dos projetos, do champanhe e das palavras é o aqui e agora de cada dia que nos abre a porta do infinito. Gosto disso.

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