segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cena Urbana



Patinhas velozes se precipitaram rua abaixo, fazendo com seu movimento dançarem pelos brancos. O pequeno cão, que corria desembalado, era o retrato da liberdade e da euforia. Passou em seguida um menino, esforçando-se para alcançá-lo.
_Nico!!!! gritava, desperdiçando assim o pouco fôlego que tinha.
Vários segundo depois, vi passar a mãe do garoto. Essa sim, avançava com verdadeira dificuldade, os músculos pouco treinados para esse tipo de exercício.
O animal ganhava distancia, ao mesmo tempo em que o chamado do menino se tornava choro e que a mãe fazia uma pausa rápida para poder respirar.  
O tempo parara diante do pequeno drama. Que coisa insuportável perder de vista seu cachorro precioso!
Foi quando o cão estancou, ao lado de um carrinho que vendia lanches e muito satisfeito pôs-se a abanar o rabo. Os braços do menino enlaçaram-no e com alívio.
A mãe chegou e sem saber como reagir, misturou alegria e raiva. Minutos depois, os três comiam pedaços de salsicha com ar de absoluta felicidade. 
Afastei-me, de coração leve, como quando saio de uma boa sessão de cinema.
Gosto tanto de finais felizes! 

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