sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sempre sobre o tempo


De relance, em um espelho vi uma mulher de vestido colorido e longos cabelos presos em uma trança que descia pelas costas. Sandálas sem alto, mas andar elegante. Sobretudo um ar sereno  de quem tem vida interior. À mesa com umas tantas outras pessoas, mantinha-se tranquila diante de conversas massacrantes: aprendera a preservar sua alma diante de cantos de dor.  
Estar assim levou algum tempo. Conquistas de quem aprendeu a eliminar, a desconstruir condicionamentos há muito estipulados. Hoje, posso ver o reflexo da mulher madura no espelho e sorrir para ela, perceber sua beleza particular e seu caminho singular através da sua própria estrada. E gostar dela, de suas escolhas além de qualquer comparação.

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